sexta-feira, 1 de julho de 2011

FUNCIONÁRIOS DA FÁBRICA AO LADO DA CALDEIRA


Foto gentilmente cedida por Maria de Lourdes Nunes, uma das primeiras funcionárias da Fábrica de Doce Dandão.
Da direita para a esquerda: Zezé de Biu, Anísia de Raimundo Marques, Maria Nunes, Zé de Teto, Julita, Maria José, e Socorro de Manoel Vicente.

Obrigada, Maria, por me presentear com uma foto tão representativa da história da Fábrica que tantos empregos gerou para o povo da minha terra.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A SAUDADE DE MARIA NUNES!


Eu vi no orkut de Maria Nunes, uma cidadã de Itapetim que hoje mora em São Paulo:




Ela dizia:
"Eu trabalhei aqui, fui uma das primeiras funcionárias.Não somente eu, mas sei que muitos também sentem saudades.A qui uma esperança de vida para muitos. Foi muito bom enquanto durou! ... meus 15 anos."
Eu chorei de saudades e emoção.Obrigada, amiga, não é fácil ler sua postagem, como filha de Antônio Piancó, eu voltei no tempo e revivi o passado glorioso de um homem, cujo trabalho desenvolvido gerou tanto emprego para o povo da minha terra.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

RITA DE CÁSSIA - A ÚLTIMA FILHA!

Uma criança feliz ...

GOIABA - A MATÉRIA PRIMA!

Nos braços da Babá Dolores, em 1975, Carlos Leonardo (Leo, meu primeiro filho), fazia sua primeira visita à Fábrica do vovô ...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FIBRA, OURO BRANCO E DOCE MEL!

Nesta postagem quero agradecer ao meu conterrâneo, Amiraldo Patriota, o qual, na sua página do Blog da Rádio Sol, fez esta belíssima homenagem, resgatando a memória da história da minha terra, cujo protagonista, por diversas vezes, foi o meu saudoso pai Antônio Piancó Sobrinho.

A HISTÓRIA PEDE PASSAGEM!

FIBRA, OURO BRANCO E DOCE MEL
(Poema dedicado a essa , hoje, usina de cultura)

Três chaminés no meu sertão
Fumegavam sem parar
Sua fumaça solta pelo ar
Perdeu-se na imensidão
Era a Fábrica de Doce Dandão
Que a goiaba processava
E a polpa exportava
Para a Cidade de Pesqueira
Que fazia doce de primeira
Com a polpa que comprava

Antônio Piancó Sobrinho
Comandava a organização
Que na goiaba e algodão
Traçava os caminhos
Administrava com carinho
Fazia prosperar
Crescer e empregar
Eram muitos funcionários
Que defendiam seus salários
Para as famílias sustentar

O carro de boi carregado
Conduzia a riqueza no sertão
Sisal, goiabas e algodão
Faziam parte desse cenário
E aquele empresário
Cheio do entendimento
Tinha no foco o crescimento
Da Itapetim que sonhava
Traçava planos, imaginava
A cidade em movimento

Hoje em vulto a solidão
Nas páginas da memória
Que contam a história
De bonança no Sertão
Na entrada do teu portão
O ferrolho já enguiçou
De tão velho enferrujou
E a caldeira não esquenta mais
Deixa saudades pra trás
De um passado que marcou...

Amiraldo Patriota - 16-09-2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sociedade Industrial Piancó LTDA

Os caminhões trazendo lenha para as caldeiras, lembranças imorredouras do trabalho do nosso pai. Só lendo a poesia de Fátima, minha irmã, se pode compreender a dor do fechamento da Fábrica.

Quero agradecer a Amiraldo Patriota, em nome de todos os filhos de Antônio Piancó Sobrinho, o belíssimo poema "FIBRA, OURO E DOCE MEL", de sua autoria, cujo teor me fez fazer saudosas restrospectivas de um tempo que passou e que ele tão bem resgata nas suas rimas. Muito obrigada, Amiraldo, nosso pai de onde está apreciou o seu gesto e a família guardará no coração, para sempre, o seu gesto de carinho.

terça-feira, 31 de março de 2009

domingo, 29 de março de 2009

A vida passa rápido!

Inauguração do Engenho de Cana de Açúcar !

..... E meu pai quis fazer "moagem" no prédio da Fábrica. Comprou os equipamentos, instalou e como de costume levou a família, chamou os amigos, chamou o padre, rezou a missa e continou no trabalho, única fonte de divertimento que conheceu na vida!
Varava noites na Fábrica! Teto, meu tio avô, companheiro inseparável, montava e desmontava motores, caldeiras, caminhões e o que mais lhe aparecesse para consertar. Era um mecânico nato. Alías, na minha família todos tem essa tendência para ser autodidatas, assim é que, meu irmão, João, sabe consertar coisas de qualquer natureza.
Meu pai não era muito afeito a consertos, mas por outro lado gostava de construir, foi o engenheiro de todas as suas construções, e pasmem! nunca cairam. Na foto, quem eu consigo conhecer? quase todos, porém às vezes me escapa o nome. No centro minha inesquecível mãe e Rita de Cássia minha irmã caçula, ladeadas à direita por meu pai e à esquerda por Bitô.
Por trás de Bitô, a velha Júlia de Zumba que por causa da minha amizade com Jovita de Taiá, sua filha, nós todas a chamávamos de "Mãe Júlia". Quando estava para me casar eu vivia à procura de imagens antigas de santos de madeira, e às vésperas do meu casamento ela trouxe de presente para mim a imagem de Nossa Senhora da Conceição e impondo-me a condição de todo dia 8 de dezembro acender a velinha e rezar o terço ela me daria a santinha de presente de casamento. Ainda hoje eu cumpro a promessa feita, em agradecimento ao seu desprendimento, pois, a santinha havia pertencido a avó dela e ela me incubiu de continuar a sua missão.
Obrigada, Mãe Júlia, no dia da Conceição eu rezo para você e para a minha avó de mesmo nome.

Sim! e o nome das pessoas da foto? Meu Deus! já havia esquecido. Em pé com uma criança no braço, Zefinha de Zumba, filha de mãe Júlia e irmã da minha saudosa amiga Jovita.
Muitos anos que não vejo a minha amiga! Ao lado de pai parece ser Carlos o filho de seu Raimundo Brejeiro, sentado junto da bomba elétrica, meu compadre Alfredo Cândido, foi meu professor de direção, apendi a dirigir com ele, pois à época ele trabalhava com meu pai, dirigia um caminhão chevrolet 58.
Lá no fundo eu vejo Víctor de Joaquim Leite.

E por falar em seu Joaquim, quanta amizade meu tinha por ele! Seu Joaquim Leite, Seu Sebastião Senhor, Antônio Correia, Tonheiro Piancó, Seu Júlio Jordão eram tão amigos, mas tão amigos que se torna impossível pensar em um deles sem associar à figura do meu pai.
Ah! pensando bem, agora foi que despertei para a inteligência de pai ao instalar um engenho na fábrica, pois ao invés de ir à Maniçobas, sua propriedade rural, ele administrava a moagem e o benficiamento da goiaba. Quanta sabedoria! "o olho do dono é quem engorda o boi"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

RELEMBRANDO MEU PAI

CLIQUE PARA LER SOBRE O LIVRO
Extraída do Livro "Raízes", publicado em 2000, da autoria de sua filha, Fátima Piancó

O bravio matuto sai da roça
Pra tentar seu destino na cidade
Se depara à cruel realidade
lnda assim não recua à sua choça,
Tirar-lhe o sabor não há quem possa
De gozar todo o Dom que Deus lhe deu
Foi assim que um dia ele escreveu
PIANCÓ como nome de história
Fez na luta, o trabalho a sua glória
Em todo tempo que aqui permaneceu

Incansável faminto do labor
Abraçando a qualquer dificuldade
Sem cursar a nenhuma faculdade
Deu lições de mestrado ou doutor
Foi na vida um eterno vencedor
Nos seus feitos marcados de valia
Passo a passo sozinho construía
Toda a obra que ao nome deu renome
Que a mais vil das invejas não consome
Esta mente que Deus iluminou

Era a Fábrica o que mais o orgulhava
Pois a tantos servia humildemente
Quem não lembra o sorriso incandescente
Quando a velha caldeira apitava
No semblante, porém não disfarçava
O cansaço de tantas madrugadas
De tarefas braçais realizadas
Pois ficar a olhar não se continha
Quanta força e coragem ele tinha
Quão bonito era o que realizava

Mas um dia a "eterna namorada"
Sem seu dono ficou e entristeceu
A caldeira esfriou, emudeceu
Esperando, por outro, ser tocada
Quando um dia soar sua toada
Certamente o apito é de saudade
A chorar o pesar da orfandade
A sentir o pegar de mãos estranhas
Assistindo queimar suas entranhas
Sem ter-lhe amor e sem dizer-lhe nada

E à tua terra, o que aconteceu?
Por ela então tu não foste um varonil?
Te desdobraste em trabalhos mil
Mas esta ingrata não reconheceu
Nem gratidão te ofereceu
Por tantas roupas que hoje a ela veste
E a liberdade que a ela deste
Na grande luta da emancipação
O homem público trabalhara em vão
A terra amada dele se esqueceu.

Pai e Leo


A primeira vez que Leonardo, meu filho mais velho, foi a Itapetim, meu pai mostrou toda a Fábrica a ele. Uma criança de apenas 6 meses, ele mostrava e explicava com tanta satisfação!

Pai mostra fábrica a Leo

Leo visita a Fábrica


Beta minha irmã (segurando Fábio Antônio - Bito nos braços), e eu com meu filho Leo, no depósito de polpa de goiaba. Todo o estoque de goiaba beneficiada era guardado em armazéns da Fábrica, posteriormente vendido à Palmeiron.