Nosso pai escolheu esse nome para a Fábrica em homenagem ao seu único filho homem, João, ao qual lhe havia dado esse apelido, e hoje o chamamos de Dão.
Lusa!!!dos meus olhos marejados de lágrimas; emoção de mais!!!! não tenho como agradecer, pois eu dedico tudo isto ao seu paizinho, Seu Toinho Piancó, ou seja ao pai dos pequenos. Lusa, continuaremos esta homenagem enquanto vivermos. - Seu Toinho meu amigo para sempre! Deus te dê, no teu descanso eterno, tudo o que fizeste por nós, pequenos daquela terra, Itapetim... Saudades!!!!!!!
DEPOIMENTO DE ANA REJANE - (Clique na imagem)
Esta fábrica fez parte de nossa vidas, meu saudoso pai nela trabalhou por muitos anos, ainda sinto o gosto do doce que ele fazia!!!
Saudades de meu pai!!!!
Obs: Ana Rejane é filha de Zequinha e Graciete
DEPOIMENTO DE AMIRALDO PATRIOTA - CLIQUE NA IMAGEM!
Amiraldo disse ...
Grato pela atenção dispensada e a forma elegante como me recebeu na sua página. Isso é igual a se receber na própria casa. Se bem, a gente retorna. E por isso retornarei outras vezes aquí. Já salvei nos meus favoritos. Deus vos abencõe...
Bonito resgate in memória você elaborou de sua família. Visitar, ver a foto do seu pai, a máquina do tempo engatou uma marcha à ré a minha infância. E recordei-me do meu primeiro B-A-BA no grupo escolar do Mocambo que ele construiu, quando prefeito do Município.
Visitar sua página, me levou aos anos 70 vendendo goiabas na fábrica do seu pai. Você não tem fotos da fábrica? Quando visito a cidade, subo no portão e dou uma olhadinha! Não resisto! Bom gosto na escolha da música de abertura do seu Blog, tudo haver!
ALGODÃO, FIBRAS DO SISAL, GOIABAS. De tudo produzi um pouco, e seu pai me comprava todo produção. A Fábrica foi um grande marco precursor para o desenvolvimento de nossa cidade. TINHA A INDÚSTRIA E O COMÉRCIO COMO SEU FOCO PRINCIPAL.
(Usina da cultura) - A senhora tem nas mãos uma chave importantíssima para enriquecer os turistas que visitam nossa cidade nas juninas. "A chave que abre as portas da antiga Fábrica Dandão para visitação naqueles dias".
Não se trata apenas de uma antiga fábrica fechada. (Que muito colaborou com o progresso da nossa cidade). Aquilo é muito mais, aquilo tem história e muito valor cultural para a nossa memória. Já pensou na idéia?
HOMENAGEM A AMIRALDO PATRIOTA - CLIQUE NA IMAGEM!
Em agradecimento ao meu conterrâneo, Amiraldo Patriota, pela emoção que demonstrou em se deparar com antiga Fábrica de Doce Dandão; pelas suas memórias relacionadas ao período áureo do nosso pai, enquanto manteve as portas da Fábrica abertas, dando emprego a centenas de itapetinenses. Dedico o poema de sua autoria ,"ITAPETIM CIDADE POÉTICA", a ele, meu inesquecível pai, por ter sido, além de comerciante e industrial, um poeta que também louvou à sua terra com seus versos de improviso.
ITAPETIM
CIDADE POÉTICA
Às cinco da manhã
Já tem um violeiro tocando
E o seu poema recitando
Sentado em seu divã
E cantando para os seus fãs
Recita um poema para mim
Canta flores do jasmim
Viajo na poesia
É ASSIM TODO DIA
NA CIDADE DE ITAPETIM.
Tem crianças recitando
E velhinhos que escreve
Tem poetas que se atreve
E na madrugada sai compondo
Como alfaiate costurando
E veste no manequim
Igual bouquet de carmim
Que seu perfume irradia
É ASSIM TODO DIA
NA CIDADE DE ITAPETIM.
Nas pedras, se inspiram na rima
E no Pajeú, os poetas navegam
No cruzeiro, de longe enxergam
O poder da mão divina
Na igreja, aprendem a doutrina
Que vem desde Adão no jardim
Nas plantas, descrevem o alecrim
E das pessoas, sua fraterna harmonia
É ASSIM TODO DIA
NA CIDADE DE ITAPETIM.
E canta no romper da aurora
Para as borboletas cintilantes
E fala nos tropeiros viajantes
Dos tempos de outrora
Tem um poeta a cada hora
Cantando lindo assim
Feito flores num jardim
Que transmitem alegria
É ASSIM TODO DIA
NA CIDADE DE ITAPETIM
Amiraldo Patriota
Carta ao Amigo Miguel Martins
Após o falecimento do meu pai, 5 de janeiro de 1991, encontrei esta carta endereçada ao seu grande amigo Miguel Martins, estava acompanhada desta foto em que Joãzito Piancó, em uma das suas visitas a Itapetim, posou junto aos 3 irmãos, Toinho, Heli e Benzinho, registrando a satisfação do reencontro.
Itapetim, 01 de outubro de 1985
Meu caro Professor
Miguel Martins de Souza,
"Era 30 de setembro de 1985, às 6 horas da manhã, quando entrava em meu escritório da Fábrica, um emissário com um envelope branca, o subscrito endereçado a minha pessoa.
Abri-a na mesma normalidade em que abro inúmeras correspondências que recebo durante o dia.
Que Choque! Que susto! Que alegria! Que satisfação! Que sensação de prazer senti nesta hora, em saber que estava alí recebendo a mais significativa e feliz das correspondências que cotidianamente recebo!
Era uma lembrança do meu velho amigo, meu velho professor.
Talvez o último amigo vivo, contemporâneo do meu saudoso pai, a quem devo por uma questão de consciência e reconhecimento as minhas mais sinceras homenagens.
Foi você, meu velho professor, quem colocou em minha cabeça, a luz do meu pouco saber, esse que que hoje me guia, me ilumina e me traduz o caminho certo, me mostra a luz e me dá coragem para a luta do meu ganha pão de cada dia.
Tenho, por uma questão de honestidade e dever, nas minhas orações e petições que faço a Deus, em prol da minha felicidade, pedido também que lhe dê como recompensa de tudo que lhe devo, uma vida de paz, alegria, saúde e felicidade e que na outra vida, quando por Deus for chamado, receba a recompensa de tudo aquilo que de bom para mim fizeste.
Meu caro professor, passei tantos dias sem notícias suas que já não acreditava mais em correspondência como esta que acabo de receber.
Aqui também estou por força não só da idade, mas sobretudo pelo estado de saúde que não é muito bom, impossibilitado de ir até Brasília para fazer a mais significativa visita de minha vida. Mas rogo a Deus que esta ao chegar em suas mãos traduza todo o meu sentimento, a minha vontade de vê-lo, o meu afeto e o desejo de lhe encontrar bem e finalmente a minha lealdade na expressão da verdade.
Meu professor, tenho em meu arquivo como lembrança de tudo que você representa para mim, uma pequena caderneta de versos seus, a mim oferecidos, dizendo que aquilo servia apenas como lembrança do nosso esforço no desenrolar da sua aposentadoria.
Guardo também uma pedra, ofertada por você, que tem o poder de fazer a mais perfeita limpeza em todas as espécies de metal.
Para juntar a essas duas lembranças que se acham em meu poder, peço-lhe que me mande uma fotografia sua tirada "agora", a fim de juntar a essas duas lembranças as quais me referí anteriormente e estreitar ainda mais a nossa amizade.
Quanto a Antônio Alexandre, é vivo sim, somente vivo, recebeu suas lembranças e está remetendo os versos que vocês fizeram em uma caçada, para que você guarde como uma lembrança toda especial.
Aqui me despeço, rogando a Deus que sempre lhe conserve em paz e com saúde,"
Atenciosamente,
Antônio Piancó Sobrinho
De Antônio Alexandre para Miguel Martins
Versos que fizemos juntos em uma caçada
(Antônio Alexandre)
Tu eras quem perseguia
Os Preás e Punarés
Agora com os teus pés
Caiste nesta enxurria
Perdeste a tua harmonia
De tua vida travessa
Do mundo agora te esqueça
Um bocado não engole
Quem com muitas pedras bole
Uma lhe cai na cabeça.
(Miguel Martins)
Aliado um camarada
Com meu cahorro Penedo
Atravessando um rochedo
As 4 da madrugada
Não se faz boa caçada
O cachorrinho ladrou
Correndo desenfreou
Amanhã niguém jejua
Ticaca tem lá alguma
Tamanduá se acabou.
Recordações do meu Pai - Antônio Piancó
Quando meu pai estava hopitalizado no Hospital Unicordis,Recife, ele me contou uma estória, falava pausadamente esperando que eu a copiasse na minha agenda.Referia-se a um grande amigo seu chamado Miguel Martins e que à época estava residindo em Brasília.
E na minha agenda está escrito:
Estória contada por Antônio Piancó - Unicordis 10-12-90 (26 dias antes do seu falecimento)
"Miguel Martins foi um velho amigo contemporâneo do meu pai e que por isto tornou-se um dos maiores amigos que tive em minha vida, chegando mesmo a ser meu professor.
Foi pai de cinco filhas, estrelas da sua esperança. Não foi feliz no seu primeiro matrimônio e ao separar-se assumiu a responsabilidade de criar suas cinco filhas.
Um certo Juiz de Direito da Comarca de São José do Egito, determinou que Miguel devolvesse as cinco filhas ao convívio da mãe.
Esse foi o motivo que o levou a duplicar ou reduplicar o seu estado nervoso.
No mês de outubro daquele ano,(esqueceu o ano), em uma cantoria na zona rural, onde por ordem da natureza, estavam reunidos os mais famosos poetas da região, entre eles Rogaciano Leite.
Os poetas exigiam que miguel, como grande poeta que também era, fizesse alguns versos sobre o caso da perda da guarda das cinco filhas.
Miguel, vendo-se tomado pela emoção, pediu a Rogaciano que fizesse os versos por ele, pois, não se sentia em condições emocionais satisfatórias para fazê-los".
E assim começou Rogaciano Leite:
São cinco Marias Belas Cinco estrelas estimáveis Cinco estrelas deleitáveis Cinco rosinhas singelas Em minh'alma fazendo pilhas Essas cinco maravilhas Que como filhas as conheço Sou triste porque padeço A ausência de cinco filhas
Alma! pra que chorares? Coração! pra que sentires? Peito!pra que carpires? Juízo! pra que pensares? Tenho na alma cinco altares Que são cinco belas ilhas Onde cinco maravilhas Habitam constantemente È bem triste o pai que sente A ausência de cinco filhas
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